A reforma é um terrível ataque aos trabalhadores brasileiros. Todavia, os sindicatos – mesmo diante de um governo trapalhão e incompetente – não se movem, seguem seus passos de lesma. Agora é a hora de se mover e enterrar de vez essa reforma!
A adaptação do PSTU, em seu trabalho sindical, à burocracia e ao “sindicalismo de resultados”, levou a uma derrota histórica dos trabalhadores na GM de São José dos Campos. Todavia, o PSTU se nega a reconhecer abertamente a derrota, e mantém-se afastado do verdadeiro programa de luta, o programa revolucionário, o Programa de Transição.
Os petistas e parte da mídia dizem que a derrota de Renan foi uma vitória de Bolsonaro. Pelo contrário. Renan era candidato não apenas dos petistas, mas também de Bolsonaro e Paulo Guedes. A derrota do candidato presidencial e a ascensão da nulidade Alcolumbre é sinal dos tempos: mais instabilidade para o governo e a dominação burguesa!
Os principais ideólogos da burguesia sabem dos riscos de um processo revolucionário na Venezuela na própria derrubada de Maduro. E preparam-se para evitar isso. A “esquerda”, todavia, em vez de incentivar a possibilidade revolucionária, faz fila atrás de Maduro e seu governo ditatorial.
A queda de Maduro é o ponto de partida para desatar contradições ainda maiores, onde pode se ampliar a luta dos trabalhadores. Nenhum problema da classe trabalhadora venezuelana pode ser resolvido hoje sem passar por sua derrubada. Do contrário, as massas trabalhadoras ficarão desmoralizadas e melindradas. A aliança com a oposição burguesa a Maduro deve ser apenas pontual, nas ruas: bater juntos, marchar separados. A hora dessa oposição inconsistente também chegará.
Texto de Eduardo Sartelli (Razón y Revolución): Nem Bolsonaro nem Trump intervirão antes que Maduro caia. Nesse momento, apostarão que a oposição controle a situação. Apenas no caso de estabelecimento de um governo de tipo revolucionário intervirão militarmente.
Cada vez mais emaranhado na trama de corrupção de seu próprio filho, Jair Bolsonaro torna-se impotente. É esse tigre de papel que a “esquerda” radical tanto temia, a ponto de capitular uma vez mais ao PT?
Os trapalhões tomaram o Planalto para agir como os petistas: trocar cupinchas lulistas por cupinchas bolsonaristas. O toma-lá-dá-cá voltou. Tudo se mantém como antes na “grande política”, pois é a essência da medíocre ordem burguesa. Mas, enquanto isso, o verdadeiro Brasil encaminha-se para o ingovernável.
França em chamas. O retorno da luta de classes aberta no coração do capitalismo europeu continental. A Comuna ressurge como bandeira! Enquanto isso, a burguesia estadunidense segue em sua aventura insana por acumulação. E, no Brasil, aguarda-se a explosão política, econômica e social…
Mal foi eleito, Jair Bolsonaro já desapareceu. Esfumaçou. Primeiro foi Paulo Guedes, agora é Moro. Os figurões sombreiam o presidente, a ponto de se perguntar: quem mandará no país? E mais: ambos super-ministros discordam da maioria das maluquices de Bolsonaro.