Transição Socialista

Afunda o submarino Bardella

No final de maio, a Marinha, uma de suas principais clientes, veio até a planta desativada da Bardella em Sorocaba com ordem judicial, mecânico, eletricista, e oficial de justiça. Chapas e outros equipamentos foram escoltados e retirados em carretas da própria Marinha.

A direção da empresa – sempre tão petulante com a peãozada, para quem deve até as calças – os recebeu de cabeça baixa! Segundo os operários, as peças eram da produção de uma sala de controle com laboratório para submarinos que a Bardella não pode finalizar. Em Guarulhos, onde a parceria da Bardella para com a Marinha se dá com a francesa DCNS (Naval Group), o trabalho segue.

O bafafá é antigo e a marinha alegou, segundo relato de operário, que “o governo cancelou o contrato e mandou a Bardella parar a fabricação, pois teria que ter feito uma licitação pra tirar o projeto e não foi feita: só transferiram da empresa onde estava sendo feito e mudaram pra Bardella sem licitação”. Enquanto essa (mu) treta milionária prossegue, as demissões e calotes na empresa continuam!

Vale lembrar que a Bardella, mesmo aos trancos e barrancos, é fornecedora da Marinha dentro do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). O primeiro deles foi inaugurado no fim do governo Temer, em 2018, na transição para o governo Bolsonaro. O projeto vem desde a era Lula e prevê transferência de tecnologia francesa; a retórica é a mesma de sempre: proteger o Brasil e o pré-sal. Só quem não está protegido é o salário e o emprego de quem trabalha!

Carreta da Marinha retira peças da Bardella, em Sorocaba/SP