Não existe realmente um partido de esquerda no Brasil. Para entender isso é necessário compreender o significado dos termos “esquerda” e “direita” ao longo da história, bem como aplicar o significado real (atual) para os partidos hoje existentes.
Frente à precipitação da crise social no país, resultado da avassaladora crise econômica e do descontrole absoluto da pandemia, a burguesia se encontra num patamar a cada dia mais elevado de ingovernabilidade. A maioria da população brasileira, por outro lado, está à beira da morte, seja pela fome, seja pelos efeitos da pandemia no seu momento mais crítico. É nesse contexto de incerteza e de progressiva ingovernabilidade no país que a burguesia busca criar alternativas políticas para a manutenção da sua dominação de classe, e, numa canetada do STF, recoloca Lula no páreo político. O lulismo ressurge como uma potencial saída para a dominação burguesa no Brasil.
As eleições municipais acontecerão sob o signo da crise: sanitária, política e, sobretudo, econômica, que arrasta milhares de trabalhadores para o desemprego e para a miséria. Nessas circunstâncias, qual papel cabe aos revolucionários nestas eleições? Defender essencialmente as mesmas propostas que os oportunistas, ou apontar um novo caminho?
As prévias do PSOL confirmaram o que anunciamos em 2018: com Boulos se cristalizou o rumo ao oportunismo e à lógica parlamentar-petista. Os lutadores honestos deveriam sair do PSOL, em vez de dar cobertura de esquerda ao oportunismo. Chamamos os lutadores à discussão por uma nova organização política nacional.
1. A origem Os termos esquerda e direita na política têm origem na Revolução Francesa. Num processo que foi marcado pela formação da Assembleia Nacional em 1789, sua substituição pela Assembleia Legislativa em 1791, pela convocação da Convenção Nacional em 1792, pela tomada do poder pelos Jacobinos em 1793, pelo […]
PSTU e CST-PSOL capitularam na crise boliviana, dando declarações duplas ou contraditórias. Na prática, terminaram apoiando o setor capitalista de Evo, amplamente odiado pela população trabalhadora. O fato é um alarme para a vanguarda da classe trabalhadora brasileira.
O bolsolulismo é a principal corrente política em Brasília hoje. O nome de Aras para a PGR foi indicação velada de Jaques Wagner, quem hoje dá as cartas do PT em Brasília. Aras é a materialização do acordo Bolsonaro-PT. A CPI da Lava-Toga, entretanto, pode quebrar o acordão.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou no início de mês abril o panorama das greves no Brasil em 2018. O número acompanha o ciclo de greves que emergiu mais claramente a partir de 2013, mas indica uma curva de desaceleração desde 2017, registrando um momento de refluxo da luta da classe. O atual ciclo de greves revelado pelo DIEESE comprova: a crise da classe trabalhadora é a sua crise de direção revolucionária.
O serviçal corrupto da Burguesia, Lula, está há um ano na prisão. Não temos nada a lamentar, somente a torcer: que não saia! Se a crise de dominação da burguesia faz com que ela brigue entre si, tanto melhor para os trabalhadores!
A prisão de Temer comprova a falência intelectual dos petistas e aliados (como a direção do PSOL), que encheram o saco de todos com a tese do “golpe”. Tais setores não têm mais propósito de existência, senão o de mentir à população e às suas bases.