Frente à instabilidade social mundial (passeatas e protestos), a burguesia se desespera, em crise de hegemonia política. A América Latina caminha para a ingovernabilidade. No Brasil a burguesia desenha um caminho: o bonapartismo. O bolsolulismo terminará com a soltura do chefe petista para salvar a nação capitalista.
O bolsolulismo é a principal corrente política em Brasília hoje. O nome de Aras para a PGR foi indicação velada de Jaques Wagner, quem hoje dá as cartas do PT em Brasília. Aras é a materialização do acordo Bolsonaro-PT. A CPI da Lava-Toga, entretanto, pode quebrar o acordão.
Um segundo turno entre Bolsonaro e Haddad é o maior desastre para o futuro do país. Todos os contra corrupção, miséria e risco de autoritarismo devem se unir contra essa polarização. Qualquer unidade apenas contra Bolsonaro virará massa de manobra do PT em 3 semanas.
Bolsonaro colhe o que plantou. Mas o fascistoide usará o fato para se fortalecer nas eleições e se garantir no segundo turno. Diante de um real risco Bolsonaro nas eleições, qual deve ser a tática dos revolucionários?
A vitória de Boulos é a morte do PSOL como possível partido de esquerda. Nesta conjuntura, que exige algo verdadeiramente combativo, seguir no PSOL é se calar e dar cobertura de “esquerda” ao lulismo. Formemos já outro polo, revolucionário com lutadores do PSTU e muitos outros espalhados pelo país!
A ala radical do PSOL convocou atos contra a candidatura de Boulos pelo partido. Estão certos, por tudo o que a candidatura representa (autoritarismo da direção e aproximação com lulismo). Divulgamos o ato em solidariedade aos lutadores da esquerda do PSOL!
A confirmação de Boulos será a condenação do PSOL enquanto possível instrumento de emancipação da classe trabalhadora. Confirmada a candidatura, com as alianças burguesas que ela coroa, manter-se no PSOL significará legitimar a construção de um bloqueio à classe; significará atrasar o socialismo.
Boulos já pediu permissão a Lula. Na direção do PSOL, tudo está acertado para ele ser candidato (e, ao que parece, com apoio do PCB). A única chance de isso não ocorrer é uma revolta na base do PSOL. O conjunto da esquerda deve apoiar a base do PSOL, sem ficar olhando passivamente!
Há espaço para uma forte frente de esquerda socialista em 2018. Basta saber se a esquerda quererá. A direção do PSOL, ao se aproximar de Boulos, indica que não quer. PSTU e PCB devem colocar como condição a não candidatura de Boulos.
O texto a seguir é a terceira tese do congresso do MNN, realizado no início de abril deste ano. Para acessar demais textos do congresso, clicar aqui. As notas de rodapé estão ao final do texto. A economia brasileira busca agora um ponto de virada, para o qual os esforços […]