Transição Socialista

Dia 16: Frente Única contra o capital!

No próximo dia 16/08 ocorrerão paralisações e atos de trabalhadores de empresas privadas e públicas em diversos locais do Brasil. Trata-se de um dia nacional de luta contra as reformas trabalhista e previdenciária.

Tais reformas são necessárias ao capital, que em crise precisa aumentar a exploração dos trabalhadores (reforma trabalhista) e manter a estabilidade fiscal do Estado (com a reforma previdenciária, visando a garantir a liquidez financeira necessária à reprodução do capital e a preservar o aparado de repressão burguês contra os trabalhadores).

É por isso, por ser uma necessidade do conjunto do capital, que a resposta dos trabalhadores tem de ser também de conjunto, unificada, como classe. O dia 16 está sendo convocado por todas as centrais sindicais brasileiras. Em que pesem suas limitações e as muitas críticas que possa-se fazer a elas, é inegável que sua articulação conjunta tende a favorecer a ação unificada da classe trabalhadora. O dia 16 pode se tornar um dia de Frente Única da classe trabalhadora, ou seja, um dia em que as necessidades gerais da classe são colocadas acima das particularidades de cada setor. Se isso ocorrerá ou não, se o resultado será favorável, é algo que depende apenas da luta.

A questão mais importante, decisiva, desta conjuntura, é desencadear o movimento do conjunto da classe trabalhadora. O início do movimento, em defesa das atuais condições de vida e de direitos históricos, é neste momento mais importante do que todas as polêmicas entre concepções e “ideologias” dos grupos políticos e sindicais. O início da movimentação da classe trabalhadora aclarará, num processo, as diferenças, pois politizará a conjuntura e a própria classe trabalhadora.

O dia 16 é um primeiro momento, uma primeira ação, mas tende a ser seguido por diversos dias de luta, tendo em vista que a pauta dessas duas reformas deve centralizar os debates nacionais no final deste semestre e no início do próximo. Por isso, é necessário desde já começar a luta direito, de forma unificada, sem sectarismo, para não comprometê-la amanhã.

Às ruas e às fábricas, companheiros! Ao lado da classe trabalhadora, erguer a frente única contra o capital! Ajudar a classe operária a entrar em movimento!